quinta-feira, 1 de abril de 2010

Carta para meu bem.

Transpareço o que você pede para que eu transpareça. Não sei se é o que você quer, mas é o que você pede. Depois você pergunta aonde (ou com quem) eu aprendi a ser tão assim, sendo que é estupidamente obvio que foi com você.
Consigo ser insignificante até tendo pena. Consigo ser fria até com minhas pseudo-feridas, que eu sei, eu sei, sei sim, vão cicatrizar. Mas as marcas na pele irão ficar, para provar que um dia eu realmente tive esses machucados, as quedas da vida que me trouxeram decepções.
Flores não muito coloridas (como essas, se você me entende) brotam em minha mente após 15 minutos sem você. Após duas horas, só me restam memórias. Sei que nenhuma dessas cores te chamam a atenção, mas são as flores que me deixam mais realizada. Parece que ao chegarem em ti elas são colhidas, e não é por você, nem por ninguém próximo a nós, porque elas simplesmente somem de minha vista.
Resumindo: Eu odeio a sinfonia das tuas palavras em minha mente; o fato de ter se tornado comum encontrar teu cheiro em minhas roupas; as desculpas suaves que temos para contato; tuas manias esquisitas; tuas perguntas estupidas de respostas obvias, que só você não quer enxergar. Enfim, enfim, enfim... passaria o dia listando a desgraça que você consegue ser. Não vou listar o que gosto (amo) em você, porque eu passaria bem mais que um dia escrevendo. Falo de anos casuais, que se tornaram eternos na minha vida. Toda a falta de diálogo, de confiança, de lágrimas e demonstração de carinho nos deixou sem nada, mas com nós mesmos. Agora, eu me torno você, e você se torna um nada. Mas vamos assumir, eu tenho o dom para seguir teus passos, sou fraca o suficiente para isso.

"Fique.
Não me deixe.
As estrelas podem esperar o seu sinal.
Não acene agora.
Lá em cima do mundo, tão alto..."

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