domingo, 16 de maio de 2010

Only sins, but he was the best.

"Me pare. Me pare agora. Me pare enquanto pode."

Foi o que ele pensou ao atravessar (pela última vez em todos seus 15 anos) a grande porta de vidro que, então, os separaria para a eternidade.
Mas como ela ia saber? Como ela, uma pobre garota com pena de si mesma por ter sido abandonada no auge de sua paixãozinha trágica iria imaginar que dessa vez ele realmente não estava para ameaças? Que dessa vez... ele ia na promessa (para si mesmo, como sempre) de nunca mais voltar?
E ao pensar que tudo o que ele precisava para ficar era só que ela levantasse daquele sofá azul encardido, segurasse seu braço e, não desse modo, mas com palavras (nenhuma em especial) o puxasse de volta para um mundo, para uma vida que os dois criaram juntos, eu choro. Mas choro de raiva. Sim, raiva, porque então lembro que tudo o que ela fez foi levantar-se daquele sofá azul encardido, correr na direção do seu bem querer, berrar seu nome o mais alto que os pulmões lhe permitiram e esperar que ele olhasse.
Bom, ele olhou. Ela disse "obrigada pro tudo", e deu um belo sorriso. Que para ele... pareceu um belo ponto final...

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